sábado, 30 de agosto de 2008

Liturgia Diária


Dia: 18/09/2008
Primeira Leitura: 1º Coríntios 15, 1-11


XXIV SEMANA COMUM(cor verde - ofício do dia)
Leitura da primeira carta de São Paulo aos Coríntios - Irmãos,
1Eu vos lembro, o Evangelho que vos preguei, e que tendes acolhido, no qual estais firmes.
2Por ele sereis salvos, se o conservardes como vo-lo preguei. De outra forma, em vão teríeis abraçado a fé.
3Eu vos transmiti primeiramente o que eu mesmo havia recebido: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras;
4foi sepultado, e ressurgiu ao terceiro dia, segundo as Escrituras;
5apareceu a Cefas, e em seguida aos Doze.
6Depois apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma vez, dos quais a maior parte ainda vive (e alguns já são mortos);
7depois apareceu a Tiago, em seguida a todos os apóstolos.
8E, por último de todos, apareceu também a mim, como a um abortivo.
9Porque eu sou o menor dos apóstolos, e não sou digno de ser chamado apóstolo, porque persegui a Igreja de Deus.
10Mas, pela graça de Deus, sou o que sou, e a graça que ele me deu não tem sido inútil. Ao contrário, tenho trabalhado mais do que todos eles; não eu, mas a graça de Deus que está comigo. 11Portanto, seja eu ou sejam eles, assim pregamos, e assim crestes. - Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial(118/117)
REFRÃO: Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!
1. Louvai ao Senhor, porque ele é bom; porque eterna é a sua misericórdia. Diga a casa de Israel: Eterna é sua misericórdia. - R.
2. A destra do Senhor fez prodígios, levantou-me a destra do Senhor; fez maravilhas a destra do Senhor. Não hei de morrer; viverei para narrar as obras do Senhor. - R.
3. Sois o meu Deus, venho agradecer-vos. Venho glorificar-vos, sois o meu Deus. - R.

Evangelho: Lucas 7, 36-50

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas - Naquele tempo,
36Um fariseu convidou Jesus a ir comer com ele. Jesus entrou na casa dele e pôs-se à mesa.
37Uma mulher pecadora da cidade, quando soube que estava à mesa em casa do fariseu, trouxe um vaso de alabastro cheio de perfume;
38e, estando a seus pés, por detrás dele, começou a chorar. Pouco depois suas lágrimas banhavam os pés do Senhor e ela os enxugava com os cabelos, beijava-os e os ungia com o perfume.
39Ao presenciar isto, o fariseu, que o tinha convidado, dizia consigo mesmo: Se este homem fosse profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que o toca, pois é pecadora.
40Então Jesus lhe disse: Simão, tenho uma coisa a dizer-te. Fala, Mestre, disse ele.
41Um credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários e o outro, cinquenta. 42Não tendo eles com que pagar, perdoou a ambos a sua dívida. Qual deles o amará mais? 43Simão respondeu: A meu ver, aquele a quem ele mais perdoou. Jesus replicou-lhe: Julgaste bem.
44E voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês esta mulher? Entrei em tua casa e não me deste água para lavar os pés; mas esta, com as suas lágrimas, regou-me os pés e enxugou-os com os seus cabelos.
45Não me deste o ósculo; mas esta, desde que entrou, não cessou de beijar-me os pés.
46Não me ungiste a cabeça com óleo; mas esta, com perfume, ungiu-me os pés.
47Por isso te digo: seus numerosos pecados lhe foram perdoados, porque ela tem demonstrado muito amor. Mas ao que pouco se perdoa, pouco ama.
48E disse a ela: Perdoados te são os pecados.
49Os que estavam com ele à mesa começaram a dizer, então: Quem é este homem que até perdoa pecados?
50Mas Jesus, dirigindo-se à mulher, disse-lhe: Tua fé te salvou; vai em paz. - Palavra da salvação.

Reflexão:
"Dize-me com quem andas e eu direi quem és!" A partir deste ditado, vemos as relações de exclusão que são estabelecidas entre os "santos" e os "pecadores". E claro que quem é "santo" não pode conviver com os "pecadores" pois correrá o risco de se contaminar e se tornar um deles. Esta é a lógica da mentira e do farisaísmo que marca a vida de muitos de nós. Ninguém é "santo", pois só Deus é Santo, e o pecado marca a nossa existência, e quem disser que não é pecador, é mentiroso, logo não somos melhores que ninguém. Se uma pessoa é reta de coração, deve conviver com todos para que possa testemunhar a todos o amor de Deus, a vivência na busca da santidade, e assim colaborar com a conversão dos pecadores.

Santo do Dia

São José de Copertino - 18/09 /08
O santo deste novo dia chama-se José de Copertino. Filho de pais pobres, tornou-se um pobre que enriqueceu a Igreja com sua santidade de vida. José quando menino era a tal ponto limitado na inteligência que pouco aprendia e apresentava dificuldades nos trabalhos manuais, porém de maneira extraordinária progrediu no campo da oração e da caridade.

São José foi despedido de dois conventos franciscano por não conseguir corresponder aos ofícios e serviços comuns. Ele, porém, não desistia de recomendar sua causa a Santíssima Virgem, pela qual tinha sido anteriormente curado de uma grave e misteriosa enfermidade.
O poder da oração levou São José de Copertino para o convento franciscano, e ao sacerdócio, precisando para isso que a graça suprisse as falhas da natureza. Desde então, manifestavam-se nele, fenômenos místicos acompanhados de curas milagrosas, que o tornou conhecido e procurado em toda a região.Dentre os acontecimentos espirituais o que muito se destacou foi o êxtase, que consiste naquele estado de elevação da alma ao plano sobrenatural, onde a pessoa fica mementaneamente desapegada dos sentidos e entregue totalmente numa contemplação daquilo que é Divino. São Roberto era tão sensível a esta realidade espiritual, que isto acontecia durante a Santa Missa, quando rezava com os Salmos e em outros momentos escolhidos por Deus; somente num dos conventos onde viveu 17 anos, seus irmão presenciaram cerca de 70 êxtases do santo.

A fama das curas milagrosas se alastrava como uma epidemia, exaltando a imaginação popular, e obrigando o Frei José, a ser transferido de convento para convento. Mas, os fenômenos se repetiam e o povo lhe tirava todo o sossego.

Como na vida da maioria dos santos não faltaram línguas caluniosas que, interpretando mal esta popularidade atribuiu-lhe poderes demoníacos aos seus milagres e êxtases, ao ponto de denunciarem o santo Frei, ao Tribunal da Inquisição de Nápoles. O processo terminou reconhecendo a inocência do frade, impondo-lhe, porém, a reclusão obrigatória e a transferência para conventos afastados.

Depois de sofrer muito e de diversas maneiras, predisse o lugar e o tempo de sua morte, que aconteceu em 18 de setembro de 1663, contando com sessenta anos de humilde testemunho e docilidade aos Carismas do Espírito Santo. São José de Copertino...rogai por nós!

Luturgia Diária

Dia: 30/08/2008
Primeira Leitura: 1º Coríntios 1, 26-31

X SEMANA COMUM (cor verde - ofício do dia da II semana)
Leitura do - Naqueles dias, 26Vede, irmãos, o vosso grupo de eleitos: não há entre vós muitos sábios, humanamente falando, nem muitos poderosos, nem muitos nobres. 27O que é estulto no mundo, Deus o escolheu para confundir os sábios; e o que é fraco no mundo, Deus o escolheu para confundir os fortes; 28e o que é vil e desprezível no mundo, Deus o escolheu, como também aquelas coisas que nada são, para destruir as que são. 29Assim, nenhuma criatura se vangloriará diante de Deus. 30É por sua graça que estais em Jesus Cristo, que, da parte de Deus, se tornou para nós sabedoria, justiça, santificação e redenção, 31para que, como está escrito: quem se gloria, glorie-se no Senhor (Jr 9,23).
Palavra do senhor.


Salmo Responsorial()

REFRÃO

1. Exultai no Senhor, ó justos, pois aos retos convém o louvor. Celebrai o Senhor com a cítara, entoai-lhe hinos na harpa de dez cordas. - R.

2. Cantai-lhe um cântico novo, acompanhado de instrumentos de música, porque a palavra do Senhor é reta, em todas as suas obras resplandece a fidelidade: - R.

3. ele ama a justiça e o direito, da bondade do Senhor está cheia a terra. Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e pelo sopro de sua boca todo o seu exército. - R.


Evangelho: Mateus 25, 14-30

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus
Naquele tempo, 14Será também como um homem que, tendo de viajar, reuniu seus servos e lhes confiou seus bens. 15A um deu cinco talentos; a outro, dois; e a outro, um, segundo a capacidade de cada um. Depois partiu. 16Logo em seguida, o que recebeu cinco talentos negociou com eles; fê-los produzir, e ganhou outros cinco. 17Do mesmo modo, o que recebeu dois, ganhou outros dois. 18Mas, o que recebeu apenas um, foi cavar a terra e escondeu o dinheiro de seu senhor. 19Muito tempo depois, o senhor daqueles servos voltou e pediu-lhes contas. 20O que recebeu cinco talentos, aproximou-se e apresentou outros cinco: - Senhor, disse-lhe, confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco que ganhei. 21Disse-lhe seu senhor: - Muito bem, servo bom e fiel; já que foste fiel no pouco, eu te confiarei muito. Vem regozijar-te com teu senhor. 22O que recebeu dois talentos, adiantou-se também e disse: - Senhor, confiaste-me dois talentos; eis aqui os dois outros que lucrei. 23Disse-lhe seu senhor: - Muito bem, servo bom e fiel; já que foste fiel no pouco, eu te confiarei muito. Vem regozijar-te com teu senhor. 24Veio, por fim, o que recebeu só um talento: - Senhor, disse-lhe, sabia que és um homem duro, que colhes onde não semeaste e recolhes onde não espalhaste. 25Por isso, tive medo e fui esconder teu talento na terra. Eis aqui, toma o que te pertence. 26Respondeu-lhe seu senhor: - Servo mau e preguiçoso! Sabias que colho onde não semeei e que recolho onde não espalhei. 27Devias, pois, levar meu dinheiro ao banco e, à minha volta, eu receberia com os juros o que é meu. 28Tirai-lhe este talento e dai-o ao que tem dez. 29Dar-se-á ao que tem e terá em abundância. Mas ao que não tem, tirar-se-á mesmo aquilo que julga ter. 30E a esse servo inútil, jogai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.
Palavra da salvação.

Santo do Dia

Santos do dia 30/08

Santo Félix e Adauto

A história do martírio destes dois Santos provavelmente aconteceu durante a perseguição de Diocleciano, no início do século IV, por volta do ano 304. Foram sepultados numa cripta do cemitério de Comodila, na via das Sete Igrejas, próximo à Basílica de São Paulo fora dos muros. A cripta foi transformada pelo Papa Sirício em basílica, sucessivamente ampliada e decorada de afrescos pelos Papas João I e Leão III, tornando-se meta de peregrinações e de devotos até além da Idade Média, quando catacumbas e santuários caíram no esquecimento ou foram devastados. O cemitério de Comodila e o túmulo de Félix e adauto foram descobertos em 1720. Em 1903 a basílica foi definitivamente restaurada, descobrindo-se um dos mais antigos afrescos paleo-cristãos, no qual aparece São Pedro recebendo as chaves na presença dos Santos Paulo, Estevão, Félix e Adauto.

Segundo biografia da época, São Felix foi um presbítero romano. Condenado à morte, um grupo de soldados o conduziu ao lugar do suplício, da turma de curiosos e dos companheiros de fé saiu um desconhecido, que foi ao encontro do condenado e a um passo dos soldados encarregados da execução, exclamou em alta voz que era cristão e queria participar da mesma sorte do presbítero Felix. Após terem feito voar a cabeça do presbítero, com a mesma espada decapitaram o audacioso, que ousara desafiar as leis do imperador. Mas quem era este? Ninguém dos presentes conhecia a identidade e foi chamado simplesmente adauctus (adjunto), de onde Adauto, "aquele que recebeu junto com Félix a coroa do martírio. A difusão do culto deles na Europa setentrional se deu por causa do presente (fragmentos da relíquia destes santos) que o Papa Leão IV deu à esposa de Lotário, Hermengarda.

São Cesário de Arles
Os santos, como ninguém, entenderam que a graça do Cristo que quer santificar a todos, é sempre a mesma, na eficiência, abundância e liberalidade. Cesário de Arles foi um destes homens que se abriu ao querer de Deus, e por isso como Bispo tornou-se uma personalidade marcante do seu tempo.

Cesário nasceu na França em 470 d.C., e ao deixar sua casa entrou para o mosteiro de Lérins, onde se destacou pela inteligência, bom humor, docilidade e rígida penitência, que mais tarde acabou exigindo imperfeitamente dos monges sob sua administração. Diante dos excessos de penitências, Cesário precisou ir se tratar na cidade de Arles - Sul da França- local do aprofundamento dos seus estudos e mais tarde da eleição episcopal.

São Cesário de Arles, até entrar no Céu com 73 anos de idade, ocupou-se até o fim com a salvação das almas e isto fazia, concretamente, pela força da Palavra anunciada e escrita, tornando-se assim o grande orador popular do Ocidente Latino e glória para o monaquismo. Já que escreveu duas Regras monásticas. Em tudo buscava comunicar a ortodoxia da fé e aquilo que lutava para viver com o Espírito Santo e irmãos, por isto no campo da moral cristã, Cesário de Arles salientava o cultivo da justiça, prática da misericórdia e o cuidado da castidade.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Liturgia Diária

Evangelho (Mateus 18,21−19,1)
Quinta-Feira, 14 de Agosto de 2008
São Maximiliano Kolbe

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 18,21Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: "Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?" 22Jesus respondeu: "Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23Porque o Reino dos Céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. 24Quando começou o acerto, trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna.
25Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida. 26O empregado, porém, caiu aos pés do patrão, e, prostrado, suplicava: 'Dá-me um prazo! e eu te pagarei tudo'. 27Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida. 28Ao sair dali, aquele empregado encontrou um dos seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: 'Paga o que me deves'.
29O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: 'Dá-me um prazo! e eu te pagarei'. 30Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia. 31Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muitos tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo. 32Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: 'Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. 33Não devias tu também, ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?'
34O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. 35É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão". 19,1Ao terminar estes discursos, Jesus deixou a Galiléia e veio para o território da Judéia além do Jordão.

- Palavra da Salvação. - Glória a vós, Senhor.

Santo do Dia

São Maximiliano Maria Kolbe
14 de Agosto

Celebramos a santidade de vida daquele que enriqueceu o mundo e a Igreja ao tornar-se apóstolo pela imprensa, cavaleiro da Imaculada Virgem Maria e mártir da caridade. Raimundo Kolbe nasceu em 1894, na Polônia, numa família operária que o introduziu no seguimento de Cristo e, mais tarde, ajudou-o entrar para a família franciscana, onde tomou o nome de Maximiliano Maria.
Ao ser mandado para terminar sua formação em Roma, Maximiliano, inspirado pelo seu desejo de conquistar o mundo inteiro a Cristo por meio de Maria Imaculada, fundou o movimento de apostolado mariano chamado 'Milícia da Imaculada'. Como sacerdote foi professor, mas em busca de ensinar o caminho da salvação, empenhou-se no apostolado da imprensa e pôde, assim, evangelizar em muitos países, isto sempre na obediência às autoridades, tanto assim que deixou o fecundo trabalho no Japão para assumir a direção de um grande convento franciscano na Polônia.
Com o início da Segunda Grande Guerra Mundial, a Polônia foi tomada por nazistas e, com isto, Frei Maximiliano foi preso duas vezes, sendo que a prisão definitiva, ocorrida em 1941, levou-o para Varsóvia, onde no campo de extermínio heroicamente evangelizou com a vida e morte. Aconteceu que diante da fuga de um prisioneiro, dez pagariam com a morte, sendo que um, desesperadamente, caiu em prantos:
"Minha mulher, meus filhinhos! Não os tornarei a ver!". Movido pelo amor que vence a morte, São Maximiliano Maria Kolbe dirigiu-se ao Oficial com a decisão própria de um mártir da caridade, ou seja, substituir o pai de família e ajudar a morrer os outros nove e, foi aceita, pois se identificou: "Sou um Padre Católico".

São Maximiliano Maria Kolbe, rogai por nós!

Jesus Sacramentado Certeza do Céu!

Padre Roberto Lettieri
SÓ UM ADORADOR



E B/D# A9 E9 B/D# A9
Só um adorador eu quero ser Senhor

F#m7 F#m7/E D F#m7 F#m7/E B7
Mesmo que eu venha perder / tudo que possuo nessa terra

C#m7 G#m7 A9 E/G# F#m7 B7
Quero parece-me contigo nos mais simples gestos revelar-te
A9 F#m7 B9 A9 G #m7 F#m7 B7/4 B7
Por isso corrija-me, modela-me faz desta pedra um retrato teu

DEUS PRESENTE
Intr. {: E / E/D / A/C# / C7+ Bm7 :}


E Am7/E F#m7 B7
A cada dia vens, em sacrifício se dá
E E5+ F#m7 B7
Corpo e sangue vem nos ofertar
C#dim C#m7 C#m7/B A9
A esperança de uma vida santa
F#m7 F#m7/E D B7
A todo aquele que teu corpo e sangue comungar

E E/D
Não é mais pão é Deus presente
A/C# Am7/C
Se vê, se sente
E/B Fdim F#m7 G#m7
Cordeiro imolado sobre o altar
F#m7 E Bm7 Esus
Não é mais vinho é o sangue do Senhor
A7+ Am6
Que nos liberta
E/G# F#m7 A9/C# B9/D#
E cura o nosso coração da dor.

O DEUS DE MINH ’ALMA
INTR. { G / C/ Bm7 / Am7 / Bm7 /C9 / D/C / % }

G9 C9
Quero encontrar o tesouro
Em7 Bm7
O céu que está em mim
C9 Bm7
Mergulho dentro de mim
C9 D C/G G C (na 2ª G7+/9)
Encontro o Deus, o Deus de minh’alma

Bm7 C9 Am7 Bm7
A oração, o silêncio me levam ao encontro
Em7 Bm7 C9 D9 G9
Um lugar escondido no meu coração

Bm7 C9 Bm7
Adorarei no silêncio divino
Am7 Bm7
A beleza do céu
Em7/9 Bm(13b) C9 Am7 D/F# G7+ A9
Um Deus tão próximo esperando por mim

G/B C Bm7
Adorarei no silêncio divino
Am7 Bm7
A beleza do céu
Em7/9 B(13b) C9 D G9 G
Um Deus tão próximo esperando por mim

INTR. C G/B Bm7 Em7/9 Am7 Bm7 F9 D/F# / Am7 D/

C G/B
Essa presença divina
Bm7 Em7/9
Faz crescer meu amor
Am7 Bm7
Me entrego, me dou
F9 D/F#
Como hóstia de amor / Am7 D/

Ao subir de tom para (A) toca-se a seguinte harmonia:

A / D/A / F#7+ / Bm7 Bm7/A G#dim / F#m7 / G / F#m7 / C#(13b) /
D / Dm6 / A9 / A9/G / A9/F# / Dm6 Dm7+ / A9


MISERICÓRIDA EUCARÍSTICA
INTR. G D/F# Am7 D4 D D4 D Em7 Bm7 F9 D/F#
G Em7/9Vem Senhor Jesus em nosso meio vem ficar C9 GE nos mostra a sua Luz que brilha cada dia mais C D4/CVem com poder oh meu Senhor Bm7 Em7Pois nós queremos te adorarAm7 C D ( na 2ª D Dsus )E reconhecer que tu és
A9 C9 GJesus hóstia santa Em Am G/B C Am7Mi se ri córdia eucarística C9 Em7 C9 Dsus Am7És alimento de minh’alma / que se renova a cada dia
G/B D/F# G CJesus hóstia santa Am7 Am7/G G/BMisericórdia eucarística C9 Am7 C9 D És alimento de minh’alma / que se renova a cada dia
Em7/9 D C9Dentro de mim .... (BIS)
Am7 D7
Quando te encontramos no sacrifício do altarSua misericórdia sobre nós vem repousar Como o orvalho da manhã que sobre a seca terra caiNos envolve em teu amor mais e mais

ALEGRIA DA MINHA JUVENTUDE
INTR. {: E A C#m7 B9 E/G# A F#m7 A:}
E A9 C#m7Subo ao altar de Deus que alegria da minha juventude B9 A9Subo silenciosamenteF#m7 A C#m7 B9Com o coração alegre e cheio de temorF#m7 A B7/4 B7Pois sei onde o Senhor me levará
C#m7 G#m7 A9 E B/D# Onde estaria eu se não fosse o seu amor, SenhorC#m7 G#m7 A9 F# Como seria feliz se não fizesse o que me manda o meu SenhorA9 Torna–me um consagrado por amor
E A9Ouvi a tua voz por isso estou aqui C#m7Senti o teu chamado então me decidi B9 A9E me lanço me entrego nos braços do teu amor EPois nesse amor quero permanecer A9O teu amor(altar) me queima sem me consumir C#m7O que amor é um mar de águas impetuosas B9 A9E voltas e voltas, e voltas do teu amor F#m7 G#m7 A B9 C#m7Pois nesse amor quero me consumir
A9 E/G# A9 Faz-me sentir o teu amor C#m7 A9Faz-me sentir a tua presença E/G# A9Quero ficar diante de Ti, Senhor
Para sempre....

GlÓRIA
D D7+ G9 C7/9Gloria a Deus nas alturas!
D D7+ G7+ F#m7 G9 AGlória a Deus nas alturas e Paz na terra aos homens por Ele amadosD D7+ G7+ F#m7 G9 F#m7 Em7 E4 A Asus G9Glória a Deus nas alturas e Paz na terra aos homens por E le amados
Bm7 F#m7 G9 Senhor Deus / Rei dos céus / Deus Pai onipotente A F#(5+)Vos louvamos, bendizemos...Bm7 F#m7 G7+ A#dim Adoramos, vos glorificamos, nós vos damos graças por vossa imensa GlóriaBm7 F#m7 G A6 A#dimJesus Cristo Senhor, filho unigênito, Senhor Deus cordeiro de DeusBm7 F#m7 G A A/C#Filho de Deus Pai vos que tirais / o pecado do mundo tende piedade de Dnós
Bm7 F#m7 G9 A F#(5+) Vos que tirais / do mundo a culpa, acolhei a nossa suplica Bm7 F#m7 G7+ A#dimVoz que estais a destra do Pai / Tende piedade de nós Bm7 F#m7 G A6 A#dimSó vos sois o Santo / só vos o Senhor o Altíssimo: Jesus Cristo Bm7 F#m7 G A Bb7+Com o Espírito Santo na Gloria do Pai / na Gloria de Deus Pai... Amém!
INTERLUDIO: F7+ Bb7+ F7+ Am7 Bb9 C9 A7/4


MEU SUMO BEM
INTR: G Am7 D G
G9 C/GEm teu altar, ao te adorarAm7 C D4Vem o desejo de me entregarG9 CNa cruz de amor preciso deitarAm7 Am7/GEstás em mim, és em mimC Am7 D4Inflama-me de amor
C G9Aumente meu amor pela CruzAm7 Cm7Oh! Sumo Sacerdote de amor..or..
G D/F# F9És meu sumo bem meu Senhor / és meu sacerdote Am7 D4 DÉs cordeiro do altar G D/F# F9De todo o céu eu irei desfrutar C#dim D D/C D/A C G/B Am7 C Am7 D C F#5+ Bm7 B7/9- Se no altar for morrer contigo eu irei viver Em/D Bm7 Bb7+/9 Am7 F A9 Em7E dentro de mim faz de mim um sacrário ao pobre então irei Am7 D7/9 G9E de ti o alimentarei


A PRIMEIRA QUE COMUNGOU
INTR. [ F#m7 E/G# ] A [ F#m7 E ] D#dim
A C#m7/4A primeira que comungou foi a virgem MariaD E4A primeira que recebeu Jesus no coraçãoA C#m7/4A primeira que anunciou foi a Virgem MariaD E4E gerou na fé o profeta que Isabel nasceu
A9 C#m7Foi por ela que aconteceu a primeira adoraçãoD Bm7E quando os magos a encontraram E4 E E4 EHouve a primeira grande exposição
A A7+ C#m7 G9Mãe capela do santíssimo / sacrário do amor Bm7 EExpõe para nós teu filho Bm7 EExpõe para nós teu filhoA F#m7 C#m7 G9Mãe capela do santíssimo / Morada do Senhor Bm7 EExpõe para nós teu filho Bm7 EExpõe para nós teu filho Bm7 E9 F#m7 Primeiro ostensório do Senhor
INTERLUDIO:
E D Bm7 F#m7 E/G# G9 C G/B [ A4 A ] [ A9 A G/B ]
C G/B [ D E/D ] [ D E E(5) ]
FINAL: F#m7 E D % Adoramos o verboIntr. Bb9 [Gsus Gm7] [Ab9 Bb9] Cm7 Eb9
Bb9 Gm7Adorar-te e encontrar-te em teu altarEbm/F# Bb/F C/E Eb+7E encontra-me a mim a verdade que sou eu Bb9 Gm7 Ab9 Cm7 F4 Contemplar o teu olhar..no meu pobre olhar...e entender que nada sou diante Fde ti Eb9 F Gm7E meus desejos e anseios por ti em minh’alma adentrar F Eb9 F/Eb Dm7 Gm7 Meus pensamentos, razões que se dobram perante teu amar Eb/G Bb/FE me faz ver mais alem do que os olhos podem ver Edim F4 FSobre o véus desse amor... teu mistério de luz Eb9 F Gm7E não há nada maior do que essa presença a me embalar F Eb9 F/Eb Dm7 Gm7 Os meus tormentos, sofreres, angustias aos teus vão se juntar Eb/G Bb/FTudo pra te consolar Imolado quero estar Edim Cm7 Cm/Bb Eb/G Ab9 Eb/G F4Estando unido a ti no sacrifício da CruzBb9 Gsus Gm7 Adorar-te e encontrar-te em teu altarEbm/F# Bb/F C/E F4 FE encontra-me a mim a verdade que sou eu
INTERLUDIO: [Eb9 F9] [Gm7/9 F9] [Eb9 F9] [ G Am Bb9 Cm7][ Bb9/D] [Eb9] [Bb/D] [Db7+ Ab9/C] [F4] [F]
Eb9 Bb/DAdoramos o verbo Encarnado eternoCm7 Cm7/Bb F/ANos prostramos aqui para te adorarEb9 F9 Gm7Adoramos o verbo Encarnado eternoAb9 Que se da em alimento F/A Bb9Corpo e sangue para me alimentar


FIEL PELICANO
Em7 Em7/D C9Fiel pelicano milagre supremo de amor D9 D#dim Em7Eucaristia eu Deus e SenhorEm7/D C G/B Am7 G Bm7 D9 B7Banhado de sangue a Ti toda Gloria e eterno louvor
Em7 C Am7 D Em7 C Am7 B7
Glória, Glória
F#m7 E DUm Deus que é tão grande se faz tão pequeno assim E C#m7 F#m7 Só por amor pra chegar até mim F#m7/E D A/C# Bm7 Bm7/A G C#7Que seja assim que venha ate mim e eu vou te dar glórias
F#m7 E D Bm7 Bm7/A E G#dim F#m7 E D Bm7 C#7Glória, Glória
Am7 Am7/G F7+ [G E/G# ] Am7 [F Em7]
[Dm7 Dm7/C] G/B Em7/B
(pausa) [ Am7 G ] F Dm7 [ Em7 ] [ Am7 G ] F Dm7 [ G ]





AOS PEQUENINOS
Intr. D# Bb/D Cm7 G#7M G#m6
D# A#9 Cm7 Gm7Do teu altar ao altar do meu próximo G# G#7+ A#9 D# 1ª [ G#/C A#/D ] 2ª [ D#/C# ]Senhor eu quero ser perfeito adorador

G# A#9 Não posso me esquecer do abandonado G# A#9Daquele que não tem ninguém por si Gm11 Cm7Pois foi tu mesmo que me disse Fm7 G# A#9 1ª [ A#9 G#/C A#/D ] 2ª [ Csus C ]Que estás ali
D# Gm7 G# A#F7+ Am7 Bb9 C/GEnsina-me a dar a Ti tudo que é TeuD# Gm7 G# A#F7+ Am7 Bb9 C/GPois amar-te nos pequeninos é muito mais
Fm7 Gm7 G# Gm7 Am7 Bb9 É dar a Deus meu sorriso, minha dor, A# G# Bb/C Bb9Ser amigo, ser irmão!
Fm7 A#9 D# D#/C# Gm7 Csus F CsusÉ dar a Deus uma perfeita uma adoração.
BOM PASTOR
F7+ C/E Bb7+ F/ATua alma suspira a face de DeusBb7+ F/A Gm7 Csus F Teu sim nos inclina a adorar a Deus
Bb7+És nosso bom pastor Gm7 Csus Dm7Em Cristo és nosso bom pastor Gm7 Bb7+ F/ATua vida sei entregarás sem medidaGm7 Csus F7+ Porque Deus te confiou
Bb7+ F/A Claro espelho de virtudeGm7 C Bb7+ Homem santo és nosso bom pastor F/AOuve o hino Gm7 Csus Bb7+E em ti louva os prodígios do Senhor

ADOREMOS O VERBO

Intr. Bb9 [Gsus Gm7] [Ab9 Bb9] Cm7 Eb9
Bb9 Gm7Adorar-te e encontrar-te em teu altarEbm/F# Bb/F C/E Eb7+E encontra-me a mim a verdade que sou eu Bb9 Gm7 Ab9 Cm7 F4 Contemplar o teu olhar..no meu pobre olhar...e entender que nada sou diante Fde ti
Eb9 F Gm7E meus desejos e anseios por ti em minh’alma adentrar F Eb9 F/Eb Dm7 Gm7 Meus pensamentos, razões que se dobram perante teu amar Eb/G Bb/FE me faz ver mais alem do que os olhos podem ver Edim F4 FSobre o véus desse amor... teu mistério de luz
Eb9 F Gm7E não há nada maior do que essa presença a me embalar F Eb9 F/Eb Dm7 Gm7 Os meus tormentos, sofreres, angustias aos teus vão se juntar Eb/G Bb/FTudo pra te consolar Imolado quero estar Edim Cm7 Cm/Bb Eb/G Ab9 Eb/G F4Estando unido a ti no sacrifício da Cruz
Bb9 Gsus Gm7 Adorar-te e encontrar-te em teu altarEbm/F# Bb/F C/E F4 FE encontra-me a mim a verdade que sou eu
INTERLUDIO: página 1[Eb9 F9] [Gm7/9 F9] [Eb9 F9] [ G Am Bb9 Cm7][ Bb9/D] [Eb9] [Bb/D] [C#7+ Ab9/C] [F4] [F]
Eb9 Bb/DAdoramos o verbo Encarnado eternoCm7 Cm7/Bb F/ANos prostramos aqui para te adorar
Eb9 F9 Gm7Adoramos o verbo Encarnado eternoAb9 Que se da em alimento F/A Bb9Corpo e sangue para me alimentar

DEUS PRESENTE
E9 E/D C#m D A/C# (2x) E A/C# A cada dia vens E/G# B7/9 Em sacrifício se dá E A/C# F#m B7/9 Corpo e sangue vem nos ofertar Cº C#m B7/9 F#m A esperança de uma vida santa B7 A F#m D B7/9 D D#º Todo aquele que teu corpo e sangue comungar E E/D Não é mais pão é Deus presente C#m E/C E F#m D A/C# F#m Se vê se sente cordeiro imolado sobre o altar B7 E D A Não é mais vinho é o sangue do Senhor C#m E/C Que nos liberta E B7/9 A9 E E cura o nosso coração da dor

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Liturgia Diária: 01/08/2008

Primeira Leitura: Jeremias 26, 1-9

SANTO AFONSO DE LIGÓRIO

BISPO E DOUTOR (branco, pref. comum ou dos pastores - ofício da memória)
Leitura do livro do profeta Jeremias - 1No começo do reinado de Joaquim, filho de Josias, rei de Judá, foi dirigida a Jeremias a palavra do Senhor nestes termos: 2Eis o que disse o Senhor: coloca-te no átrio do templo e a toda a gente de Judá, que vier prosternar-se no templo do Senhor, repete todas as palavras que te ordenei dizer, sem deixar nenhuma. 3Talvez as ouçam eles e renunciem ao perverso comportamento. Arrepender-me-ei, então, dos males que cogito desencadear sobre eles por motivo da perversidade de sua vida. 4E então tu lhes dirás: eis o que diz o Senhor: Se não me escutardes, se não obedecerdes à lei que vos impus, 5e não ouvirdes as palavras dos profetas, meus servos, que não cessei de vos enviar continuamente, sem que delas vos importásseis, 6farei deste edifício o que fiz de Silo e desta cidade um exemplo que todos os povos da terra citarão em suas maldições. 7Os sacerdotes, os profetas e todo o povo ouviram Jeremias pronunciar essas palavras no templo. 8Mal, porém, acabara de repetir o que o Senhor lhe ordenara dizer ao povo, lançaram-se sobre ele os sacerdotes, os profetas e a multidão, exclamando: É morte! 9Por que proferes, em nome do Senhor, este oráculo: a este templo: o mesmo acontecerá que a Silo e se transformará em deserto sem habitantes esta cidade? Ajuntou-se então a multidão no templo em torno de Jeremias.
Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial(69/68)
REFRÃO:
Respondei-me, ó Senhor, pelo vosso imenso amor.

1. Estou imerso num abismo de lodo, no qual não há onde firmar o pé. Vim a dar em águas profundas, encobrem-me as ondas. Já cansado de tanto gritar, enrouqueceu-me a garganta. Finaram-se-me os olhos, enquanto espero meu Deus. - R.
2.
Já cansado de tanto gritar, enrouqueceu-me a garganta. Finaram-se-me os olhos, enquanto espero meu Deus. Mais numerosos que os cabelos de minha cabeça são os que me detestam sem razão. São mais fortes que meus ossos os meus injustos inimigos. Porventura posso restituir o que não roubei? Vós conheceis, ó Deus, a minha insipiência, e minhas faltas não vos são ocultas. - R.
3. Os que esperam em vós, ó Senhor, Senhor dos exércitos, por minha causa não sejam confundidos. Que os que vos procuram, ó Deus de Israel, não tenham de que se envergonhar por minha causa. - R.

Evangelho: Mateus 13, 54-58
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus

Naquele tempo, 54Foi para a sua cidade e ensinava na sinagoga, de modo que todos diziam admirados: Donde lhe vem esta sabedoria e esta força miraculosa? 55Não é este o filho do carpinteiro? Não é Maria sua mãe? Não são seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? 56E suas irmãs, não vivem todas entre nós? Donde lhe vem, pois, tudo isso? 57E não sabiam o que dizer dele. Disse-lhes, porém, Jesus: É só em sua pátria e em sua família que um profeta é menosprezado. 58E, por causa da falta de confiança deles, operou ali poucos milagres.
Palavra da salvação.

Reflexão:
Nosso olhar está sempre voltado para as realidades aparentes e, normalmente, estas realidades se sobrepõem diante do que é invisível aos nossos olhos. É o caso do Evangelho de hoje, que nos mostra que as pessoas estavam com os olhos fixos nas aparências de Jesus, na sua origem, na sua família e na sua profissão, não sendo capazes de enxergar além e ver nele aquilo que as suas obras tornavam manifesto que é a sua divindade. O resultado disso tudo é que as pessoas do tempo de Jesus não foram capazes de reconhecê-lo na sua totalidade, como verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Tudo isso aconteceu por causa da dureza de seus corações.

Santo do Dia 01 / 08

Santo Afonso Maria de Ligório
Santo Afonso Maria de Ligório nasceu de uma das mais antigas e nobres famílias de Nápoles, no dia 27 de setembro de 1696 em Marianela, um povoado nas imediações de Nápoles. Foi menino prodígio pela facilidade com que aprendeu todas as disciplinas, das línguas às ciências, da arte à música. Aos 19 anos já era advogado formado, mudando sua vida quando percebeu a fragilidade dos julgamentos humanos, defendendo culpados e condenados inocentes.
Abandonou a toga e se pôs a serviço de uma justiça que não teme desmentido e aos 30 anos de idade era ordenado sacerdote e desenvolvia suas missões entre mendigos da periferia de Nápoles e os camponeses. Em 1732, com 36 anos, com a colaboração de um grupo de leigos, fundou a congregação do Santíssimo Salvador ou Padres Redentoristas. Os membros dessa congregação ainda hoje se chamam Redentoristas, e foram aprovados pelo Papa Bento XIV no ano de 1749. Escreveu diversos livros entre eles os mais conhecidos entre os cristãos estão "A prática do amor a Jesus Cristo e Preparação para a morte". Suas prédicas tinhas três temas constantes: o amor de Deus, a paixão de Jesus e a meditação sobre a morte e o mistério do além-túmulo. Sua devoção a Nossa Senhora ele expressou num livrinho chamado: As glórias de Maria. Sua obra fundamental de formação do clero é a sua Teologia moral, declarando-o doutor da Igreja e proposto como patrono dos confessores e teólogos de teologia moral.Santo Afonso Maria de Ligório morreu no dia 19 de agosto de 1787, em Nocera dei Pagani, Campanha. Foi canonizado no ano de 1832.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Liturgia diária


Dia: 31/07/2008
Primeira Leitura: Jeremias 18, 1-6
SANTO INÁCIO DE LOIOLA PRESBÍTERO E FUNDADOR (branco, pref. comum ou dos postores - ofício da memória)
Leitura do livro do profeta Jeremias
1Foi dirigida a Jeremias a palavra do Senhor nestes termos: 2Vai e desce à casa do oleiro, e ali te farei ouvir minha palavra. 3Desci, então, à casa do oleiro, e o encontrei ocupado a trabalhar no torno. 4Quando o vaso que estava a modelar não lhe saía bem, ei-lo de novo a fazer com esse material outro à sua maneira. 5Foi esta, então, a linguagem do Senhor: casa de Israel, não poderei fazer de vós o que faz esse oleiro? - oráculo do Senhor. 6O que é a argila em suas mãos, assim sois vós nas minhas, Casa de Israel. - Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial (146 / 145)
REFRÃO: Feliz quem se apóia no Deus de Jacó!
1. Não coloqueis nos poderosos a vossa confiança, são apenas homens nos quais não há salvação. Quando se lhe for o espírito, ele voltará ao pó, e todos os seus projetos se desvanecerão de uma só vez. - R.
2. Feliz aquele que tem por protetor o Deus de Jacó, que põe sua esperança no Senhor, seu Deus. É esse o Deus que fez o céu e a terra, o mar e tudo o que eles contêm; que é eternamente fiel à sua palavra. - R.
3. Que faz justiça aos oprimidos, e dá pão aos que têm fome. O Senhor livra os cativos; o Senhor abre os olhos aos cegos; o Senhor ergue os abatidos; o Senhor ama os justos. - R.

Evangelho: Mateus 13, 47-53
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 47O Reino dos céus é semelhante ainda a uma rede que, jogada ao mar, recolhe peixes de toda espécie. 48Quando está repleta, os pescadores puxam-na para a praia, sentam-se e separam nos cestos o que é bom e jogam fora o que não presta. 49Assim será no fim do mundo: os anjos virão separar os maus do meio dos justos 50e os arrojarão na fornalha, onde haverá choro e ranger de dentes. 51Compreendestes tudo isto? Sim, Senhor, responderam eles. 52Por isso, todo escriba instruído nas coisas do Reino dos céus é comparado a um pai de família que tira de seu tesouro coisas novas e velhas. 53Após ter exposto as parábolas, Jesus partiu. - Palavra da salvação.

Reflexão:
A presença do Reino de Deus na nossa história não pode ser obscurecida pela presença do mal no mundo. As pessoas devem ser capazes de analisar toda a realidade a partir dos critérios do Reino, para à luz do Espírito Santo, ser capaz de discernir o bem do mal e escolher o que contribui para que ela possa se aproximar cada vez mais de Deus. Mas esta distinção não dá ao cristão o direito de condenar os que erram, ao contrário, ele deve ser um instrumento nas mãos de Deus para que todos sejam capazes de fazer esta distinção e trilhar os caminhos do bem. Pe. José Adalberto Vanzella

Santo do Dia - 31 / 07

Santo Inácio de Loyola
Inácio de Loyola, que viveu entre os anos de 1491 e 1556, era um cavaleiro impetuoso. Ferido no cerco de Pamplona, durante a convalecença, não encontrando leituras de cavalaria, de que era apaixonado, descobriu Jesus Cristo no Evangelho e na vida dos santos. Então quis dar-se a Cristo na Igreja. Amadureceu a sua conversão no mosteiro de Monte-Serrat iniciando-se na "devoção moderna", sobretudo lendo a imitação de Cristo na gruta de Manresa, onde teve experiências místicas e lançou as bases do seu famoso livro, Exercícios espirituais.Estudou filosofia e teologia em Paris, onde fundou a Companhia de Jesus, e em Veneza, onde foi ordenado sacerdote. Estabelecido em Roma, colocou sua companhia como um exército à disposição do Papa para a defesa da fé, reforma da Igreja e obra missionária. Intensa e vasta foi a sua ação apostólica juntamente com a de seus colaboradores. Abriu a sua companhia à cultura teológica e à cultura humana, a ponto de poder representar a igreja no campo das ciências e do pensamento moderno, e fez deles ilustres educadores.Hoje compreende-se melhor a figura de Inácio de Loyola à luz de seu profundo espírito de doação, da mística do serviço, de seu otimismo e dinamismo orientados para maior glória de Deus na Igreja e para a Igreja. A ascética inciana se esforça por criar nos fiéis uma mentalidade cristocêntrica. Inácio assimilou Cristona oração psicológica, na obdiência e na santidade de vida.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Liturgia Diária

Dia: 30/07/2008
Primeira Leitura: Jeremias 15, 10.16-21


XVII SEMANA COMUM(cor verde - ofício do dia)
Leitura do livro do profeta Jeremias - 10Ai de mim, ó minha mãe, que me geraste, para tornar-se objeto de disputa e de discórdia em toda a terra! Não sou credor nem devedor, e, no entanto, todos me maldizem. 16Vede: é por vós que sofro ultrajes da parte daqueles que desprezam vossas palavras. Aniquilai-os. Vossa palavra constitui minha alegria e as delícias do meu coração, porque trago o vosso nome, ó Senhor, Deus dos exércitos! 17Não me assentei entre os escarnecedores, para entre eles encontrar o meu prazer. Apoiado em vossa mão, assentei-me à parte, porque me havíeis enchido de indignação. 18Por que não tem fim a minha dor, e não cicatriza a minha chaga, rebelde ao tratamento? Ai! Sereis para mim qual riacho enganador, fonte de água com que não se pode contar? 19Eis a razão pela qual diz o Senhor: Se voltares, farei de ti o servo que está a meu serviço. Se apartares o precioso do que é vil serás como a minha boca. Serão eles, então, que virão a ti, e não tu que irás a eles. 20Então, erguerei ante esse povo sólida muralha como o bronze. Será atacada, mas não conseguirão vencê-la, pois estarei a teu lado para proteger-te e te livrar - oráculo do Senhor. 21Arrebatar-te-ei da mão dos maus e te libertarei do poder dos violentos. - Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial(59/58)
REFRÃO: Sois meu refúgio no dia da aflição.
1. Livrai-me dos que praticam o mal, salvai-me dos homens sanguinários. Vede: armam ciladas para me tirar a vida, homens poderosos conspiram contra mim. - R.
2. Senhor, não há em mim crime nem pecado. Sem que eu tenha culpa, eles acorrem e atacam. Despertai-vos, vinde para mim e vede, porque vós, Senhor dos exércitos, sois o Deus de Israel. Erguei-vos para castigar esses pagãos, não tenhais misericórdia desses pérfidos. - R.
3. Eles voltam todas as noites, latindo como cães, e percorrem a cidade toda. Eis que se jactam à boca cheia, tendo nos lábios só injúrias, e dizem: Pois quem é que nos ouve? - R.
4. Mas vós, Senhor, vos rides deles, zombais de todos os pagãos. Ó vós que sois a minha força, é para vós que eu me volto. Porque vós, ó Deus, sois a minha defesa. - R.
5. Ó meu Deus, vós sois todo bondade para mim. Venha Deus em meu auxílio, faça-me deleitar pela perda de meus inimigos. Destruí-os, ó meu Deus, para que não percam o meu povo; conturbai-os, abatei-os com vosso poder, ó Deus, nosso escudo. - R.

Evangelho: Mateus 13, 44-46
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus - Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 44O Reino dos céus é também semelhante a um tesouro escondido num campo. Um homem o encontra, mas o esconde de novo. E, cheio de alegria, vai, vende tudo o que tem para comprar aquele campo. 45O Reino dos céus é ainda semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas. 46Encontrando uma de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra. - Palavra da salvação.

Reflexão:
O Evangelho de hoje nos mostra a parábola na qual Jesus compara o Reino de Deus com um tesouro e com uma pérola. A comparação com o tesouro nos mostra o valor que o Reino de Deus deve ter nas nossas vidas, um valor que não pode ser superado por nenhum outro valor deste mundo. A pérola nos mostra a preciosidade inigualável que é o Reino de Deus para todas as pessoas. E tanto o valor como a preciosidade do Reino de Deus significam que todas as outras coisas perdem sua importância diante dele e só têm sentido enquanto contribuem para que o homem possa chegar até Deus.

Santos do dia 30/07

S. Pedro Crisólogo
O santo deste dia, nasceu em Ímola, na Itália, no ano de 380 e "aproveitou" sua vida, gastando-se totalmente pelo Evangelho, a ponto de ser reconhecido pela Igreja como Doutor da Igreja. São Pedro Crisólogo tinha este nome por ter se destacado, principalmente pelo dom da pregação - Crisólogo significa 'Palavra de Ouro'.Diante da morte do bispo de Ravena, o escolhido para substituí-lo foi Pedro, que neste tempo vivia num convento, aonde queria oferecer-se como vítima no silêncio; mas os planos do Senhor fizeram dele, bispo. Pastor prudente e zeloso da Igreja usou do dom da pregação como instrumento do Espírito para a conversão de pagãos, hereges e frios cristãos.São Pedro Crisólogo, com o seu testemunho de santidade, conhecimento das ciências teológicas e dom de comunicação venceu a heresia do Monofisismo, a qual afirmava Jesus ter apenas uma só natureza, e não a misteriosa união da natureza Divina e Humana como o próprio nos revelou. Um homem que tinha o pecado no coração, porém Pedro lutou com as armas da oração, jejum e mortificações para assim desfrutar e transmitir, pela Palavra, o tesouro da graça, isto até entrar no lugar Céu em 450.

Santa Maria de Jesus Sacramento Venegas

Natividade Venegas de La Torre, nasceu a 08 de setembro de 1868, em Jalisco, no México. A última de doze filhos, desde a adolescência cultivou uma devoção especial à Eucaristia, exercendo obras de caridade e sentindo o forte desejo de se consagrar totalmente ao Senhor no serviço ao próximo.Só depois da morte prematura dos seus pais pôde unir-se ao grupo de senhoras que, com a aprovação do Arcebispo local, dirigiam em Guadalajara um pequeno hospital para os pobres, o Hospital do Sagrado Coração. Em 1910 ela emitiu, de forma privada, os votos de pobreza, castidade e obediência.As companheiras a escolheram em seguida como Superiora e, desse modo, com o conselho de eclesiásticos autorizados, transformou a sua Comunidade numa verdadeira Congregação religiosa, que assumiu o nome de Instituto das Filhas do Sagrado Coração de Jesus, aprovado em 1930 pelo Arcebispo de Guadalajara. Nesta ocasião, Madre Nati, como ficou conhecida, e as companheiras fizeram os votos perpétuos; e ela trocou o seu nome, para Maria de Jesus Sacramentado.Ela exerceu o cargo de Superiora-Geral entre 1921 e 1954, conseguindo conservar a sua fundação nos anos difíceis da perseguição. Amou e serviu a Igreja, cuidou da formação das suas co-irmãs, entregou a vida pelos pobres e sofredores, tornou-se um modelo de irmã- enfermeira. Após deixar a direção da sua Congregação, passou os últimos anos da vida, marcados pela enfermidade, em oração e recolhimento, dando mais um testemunho de sua abnegação. Morreu com a idade de noventa e um anos, no dia 30 de julho de 1959. O Papa João Paulo II, a declarou Beata em 1992. Continuamente recordada e invocada pelo povo que, pela sua intercessão, obteve diversos favores celestes, por isto foi proclamada Santa pelo mesmo Sumo Pontífice no ano 2000.Santa Maria de Jesus Sacramentado Venegas, primeira mexicana canonizada, soube permanecer unida a Cristo na sua longa existência terrestre, e por isso deu abundantes frutos de vida eterna, assim discursou o Santo Padre durante a solene cerimônia em Roma.

Santo Leopoldo Mandic
Leopoldo Mandic nasceu na Dalmácia, atual Croácia, em 12 de maio de 1866. Os pais, católicos fervorosos, o batizaram com o nome de Bogdan, que significa "dado por Deus". Desde pequeno apresentou como características a constituição física débil e o caráter forte e determinado. O mais novo de uma família numerosa, completou seus estudos primários na aldeia natal.Nessa época, a região da Dalmácia vivia um ambiente social e religioso, marcados por profundas divisões entre católicos e ortodoxos. Essa situação incomodava o espírito católico do pequeno Bogdan, que decidiu dedicar sua vida à reconciliação dos cristãos Orientais com Roma.Aos dezesseis anos ingressou na Ordem de São Francisco de Assis, em Údine, Itália, adotando o nome de Leopoldo. Foi ordenado sacerdote em Veneza, onde concluiu todos os estudos, em 1890. Sua determinação era ser um missionário no Oriente e promover a unificação dos cristãos. Viajou duas vezes para lá, mas, não em missão definitiva. Leopoldo foi destinado aos serviços pastorais nos conventos capuchinhos, por causa da saúde precária. Ele era franzino, tinha apenas um metro e quarenta de altura e uma doença nos ossos. Com grande espírito de fé se submeteu à obediência de seus superiores. Iniciou assim, o ministério do confessionário, que exerceu até a sua morte. No início, em diversos conventos do norte da Itália e, depois, em Pádua, onde se tornou "o gigante do confessionário".A cidade de Pádua é famosa por ser um centro de numerosas peregrinações. É em sua Basílica que repousam os restos mortais de Santo Antonio. Leopoldo dedicava quase doze horas por dia ao ministério da confissão. Para os penitentes suas palavras eram uma fonte de perdão, luz e conforto, que os mantinham na fidelidade e amor a Cristo. Sua fama correu, e todos o solicitavam como confessor.Foi quando ele percebeu que o seu Oriente era em Pádua. E fez todo o seu apostolado ali, fechado num cubículo de madeira, durante trinta e três anos seguidos, sem tirar um só dia de férias ou de descanso. Pequenino e frágil, com artrite nas mãos e joelhos, e com câncer no esôfago, ofereceu toda sua agonia alegremente a Deus. Frei Leopoldo Mandic morreu no dia 30 de julho de 1942, em Pádua. O seu funeral provocou um forte apelo popular e a fama de sua santidade se espalhou, sendo beatificado em 1976. O Papa João Paulo II o incluiu no catálogo dos santos, em 1983, declarando-o herói do confessionário e "apóstolo da união dos cristãos", um modelo para os que se dedicam ao ministério da reconciliação.

Liturgia diária

Dia: 29/07/2008
Primeira Leitura: 1º João 4, 7-16

SANTA MARTA DISCÍPULA DE JESUS (branco, pref. comum ou dos santos - ofício da memória)
Leitura da primeira carta de São João
7Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. 8Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. 9Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em nos ter enviado ao mundo o seu Filho único, para que vivamos por ele. 10Nisto consiste o amor: não em termos nós amado a Deus, mas em ter-nos ele amado, e enviado o seu Filho para expiar os nossos pecados. 11Caríssimos, se Deus assim nos amou, também nós nos devemos amar uns aos outros. 12Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amarmos mutuamente, Deus permanece em nós e o seu amor em nós é perfeito. 13Nisto é que conhecemos que estamos nele e ele em nós, por ele nos ter dado o seu Espírito. 14E nós vimos e testemunhamos que o Pai enviou seu Filho como Salvador do mundo. 15Todo aquele que proclama que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele e ele em Deus. 16Nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem para conosco. Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele. - Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial(34/33)
REFRÃO: Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo.
1. Quando simulou alienação na presença de Abimelec e, despedido por ele, partiu. Bendirei continuamente ao Senhor, seu louvor não deixará meus lábios. - R.
2. Glorie-se a minha alma no Senhor; ouçam-me os humildes, e se alegrem. Glorificai comigo ao Senhor, juntos exaltemos o seu nome. - R.
3. Procurei o Senhor e ele me atendeu, livrou-me de todos os temores. Olhai para ele a fim de vos alegrardes, e não se cobrir de vergonha o vosso rosto. - R.
4. Vede, este miserável clamou e o Senhor o ouviu, de todas as angústias o livrou. O anjo do Senhor acampa em redor dos que o temem, e os salva. - R.
5. Provai e vede como o Senhor é bom, feliz o homem que se refugia junto dele. Reverenciai o Senhor, vós, seus fiéis, porque nada falta àqueles que o temem. - R.
Evangelho: João 11, 19-27
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo João - Naquele tempo, 19Muitos judeus tinham vindo a Marta e a Maria, para lhes apresentar condolências pela morte de seu irmão. 20Mal soube Marta da vinda de Jesus, saiu-lhe ao encontro. Maria, porém, estava sentada em casa. 21Marta disse a Jesus: Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido! 22Mas sei também, agora, que tudo o que pedires a Deus, Deus to concederá. 23Disse-lhe Jesus: Teu irmão ressurgirá. 24Respondeu-lhe Marta: Sei que há de ressurgir na ressurreição no último dia. 25Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. 26E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá. Crês nisto? 27Respondeu ela: Sim, Senhor. Eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, aquele que devia vir ao mundo. - Palavra da salvação.

Santo do dia - 29/07

Santa Marta
As Escrituras contam que, em seus poucos momentos de descanso ou lazer, Jesus procurava a casa de amigos em Betânia, local muito agradável há apenas três quilômetros de Jerusalém. Lá moravam Marta, Lázaro e Maria, três irmãos provavelmente filhos de Simão, o leproso. Há poucas mas importantíssimas citações de Marta nas Sagradas Escrituras.

É narrado, por exemplo, o primeiro momento em que Jesus pisou em sua casa. Por isso existe a dúvida de que Simão fosse mesmo o pai deles, pois a casa é citada como se fosse de Marta, a mais velha dos irmãos. Mas ali chegando, Jesus conversava com eles e Maria estava aos pés do Senhor, ouvindo sua pregação. Marta, trabalhadora e responsável, reclamou da posição da irmã, que nada fazia, apenas ouvindo o Mestre. Jesus aproveita, então, para ensinar que os valores espirituais são mais importantes do que os materiais, apoiando Maria em sua ocupação de ouvir e aprender.

Fala-se dela também quando da ressurreição de Lázaro. É ela quem mais fala com Jesus nesse acontecimento. Marta disse a Jesus: "Senhor, se tivesses estado aqui, o meu irmão não teria morrido. Mas mesmo agora, eu sei que tudo o que pedires a Deus, Deus dará".

Trata-se de mais uma passagem importante da Bíblia, pois do evento tira-se um momento em que Jesus chora: "O pranto de Maria provoca o choro de Jesus". E o milagre de reviver Lázaro, já morto e sepultado, solicitado com tamanha simplicidade por Marta, que exemplifica a plena fé na onipotência do Senhor.

Outra passagem é a ceia de Betânia, com a presença de Lázaro ressuscitado, uma prévia da última ceia, pois ali Marta serve a mesa e Maria lava os pés de Jesus, gesto que ele imitaria em seu último encontro coletivo com os doze apóstolos.

Os primeiros a dedicarem uma festa litúrgica a santa Marta foram os frades franciscanos, em 1262, e o dia escolhido foi 29 de julho. Ela se difundiu e o povo cristão passou a celebrar santa Marta como a Padroeira dos Anfitriões, dos Hospedeiros, dos Cozinheiros, dos Nutricionistas e Dietistas.

Arcebispo Metropolitano de Brasília

Dom João Braz de Aviz Nascimento: 24/04/1947Ordenação presbiteral: 26/11/1972Sagração episcopal: 31/05/1994

Biografia

Natural de Mafra-SC, nascido no dia 24 de abril de 1947, é um dos 8 filhos do casal João Avelino de Aviz e Juliana Hacke de Aviz, ambos falecidos. Ainda na infância, a família veio para Borrazópolis, pequeno município do Norte paranaense. Aí se criou juntamente com os irmãos.


Prestes a completar 11 anos, foi encaminhado, em 21 de abril de 1958, ao Seminário Menor São Pio X, dos padres do PIME - Pontifício Instituto das Missões Exteriores, em Assis-SP, onde estudavam na época os seminaristas menores da diocese de Londrina.

Com a criação, em março de 1964, da Diocese de Apucarana, para ela se transferiu, de vez que a Paróquia Imaculada Conceição de Borrazópolis passou à jurisdição da nova diocese.

Seus estudos de filosofia foram feitos no Seminário Maior Provincial Rainha dos Apóstolos, em Curitiba. Transferiu-se, a seguir, para Roma, onde obteve, na Pontifícia Universidade Gregoriana, a licenciatura em Teologia. Ordenou-se presbítero na Catedral de Apucarana, no dia 26 de novembro de 1972.

Entre os encargos pastorais exercidos contam-se: pároco de várias paróquias; diretor espiritual e reitor do Seminário Maior-Instituto de Filosofia de Apucarana; diretor espiritual no Seminário do Ipiranga-SP, e reitor e professor de Teologia Dogmática no Instituto Paulo VI, de Londrina-PR. De 1989 a 1992 esteve novamente em Roma, estudando na Pontifícia Universidade Lateranense para o doutorado que obteve em Teologia Dogmática.

Eleito bispo auxiliar de Vitória, recebeu, dia 31 de maio de 1994, em Apucarana, a ordenação episcopal. Todos sejam um (Jo 17, 21) é o lema de sua missão de bispo. Empossado a 9 de junho do mesmo ano, permaneceu na capital do Espírito Santo por 4 anos.

Recebeu a nomeação em 12 de agosto de 1998, de bispo diocesano de Ponta Grossa, sede que assumiu no dia 15 de outubro daquele ano.Aos 17 de julho de 2002, surpreendeu-o a comunicação de sua transferência para Maringá, onde tomou posse como 3º arcebispo de Maringá, no dia 4 de outubro de 2002.

Aos 17 de julho de 2002, surpreendeu-o a comunicação de sua transferência para Maringá, onde tomou posse como 3º Arcebispo de Maringá, no dia 4 de outubro de 2002 permanecendo no governo da mesma durante 14 meses.

No dia 28 de janeiro de 2004 foi nomeado pelo Santo Padre o Papa João Paulo II para Arcebispo Metropolitano de Brasília onde tomou posse dia 27 de março do mesmo ano.


Logomarca da CNBB


O intuito deste trabalho é padronizar a exposição da marca oficial da CNBB para a utilização nas Secretarias de sua Sede, das Comissões Episcopais e de seus Regionais.


Na concepção da logomarca partiu-se do princípio de que a autoridade do pastoreio dos fiéis, isto é, o Ministério dos Bispos, é inspirado pela ação do Espírito de Deus. A especial efusão do Espírito Santo, de que foram repletos os Apóstolos pelo Senhor ressuscitado (cf. Act 1, 5-8; 2, 4; Jo 20, 22-23), foi comunicada por eles, através do gesto da imposição das mãos, aos seus colaboradores (cf. 1 Tim 4, 14; 2 Tim 1, 6-7).
Ministros, por vontade do Senhor, da apostolicidade da Igreja e revestidos com a força do Espírito do Pai, que governa e guia (Spiritus principalis), os Bispos são sucessores dos Apóstolos não apenas na autoridade e no poder sagrado, mas também na forma de vida apostólica, nos sofrimentos que padecem por causa do anúncio e difusão do Evangelho, no cuidado terno e misericordioso dos fiéis que lhe estão confiados, na defesa dos mais fracos, na solicitude constante pelo Povo de Deus (Pastores Gregis 43).
O Bom Pastor não abandona o seu rebanho, mas guarda-o e protege-o sempre por meio daqueles que, em virtude da participação ontológica na sua vida e missão, desempenhando de modo eminente e visível a sua parte de mestre, pastor e sacerdote, agem em sua vez. No exercício das funções que o ministério pastoral comporta, são constituídos seus vigários e embaixadores (Pastores Gregis 6).
A logomarca da CNBB em seus símbolos sobrepostos, é definida num só conjunto de imagens, fazendo referência à unidade. A unidade do Episcopado é um dos elementos constitutivos da unidade da Igreja. De fato, por meio do corpo dos Bispos, a tradição apostólica é manifestada e guardada em todo o mundo; e a partilha da mesma fé, cujo depósito está confiado à sua guarda, a participação nos Sacramentos, cuja distribuição regular e frutuosa ordenam com a sua autoridade, a adesão e obediência que lhes é devida como Pastores da Igreja, são os elementos essenciais que compõem a comunhão eclesial. Precisamente porque permeia toda a Igreja, esta comunhão também estrutura o Colégio Episcopal e constitui uma realidade orgânica, que exige uma forma jurídica e é ao mesmo tempo animada pela caridade (Lumen gentium 20).


"O uso da logomarca é exclusiva da CNBB e seu órgãos. A utilização da mesma por terceiros e para finalidades que não identifiquem a CNBB e suas competências próprias é condicionada a licença expressa do Secretariado Geral (conf. o Regimento da CNBB, art. 250)."


segunda-feira, 14 de julho de 2008

Jornada Mundial da Juventude Sydnei - Autrália


O significado da Logo
Com a graça de Deus, teremos a oportunidade de ver muitas vezes a Logomarca oficial da JMJ 2008, tanto aqui no Brasil como na Austrália. Portanto, que tal conhecer todos os seus significados?

ESPÍRITO SANTO

O fogo no coração de Deus
As chamas evocam a vinda do Espírito Santo durante Pentecostes, em línguas de fogo.
Elas representam o Sacramento da Crisma e os dons do Espírito Santo.
As cores vermelho, amarelo e laranja fluem evocando a Trindade e a Unidade de Deus.
Elas também trazem à nossa mente a árdua paisagem do interior australiano.

Jornada Mundial da Juventude Sydnei - Autrália


FORÇA

Recebendo a força do Espírito Santo
A promessa feita por Jesus de inflamar o mundo com a força de seu Espírito, testemunhada na vida dos que virão à Austrália, dos que crêem e dos que seguem a Ele.

Jornada Mundial da Juventude Sydnei - Autrália

TESTEMUNHO

Verbal, visível, concreto, unido a Deus
A Cruz elevada em sinal de vitória representa a vida que Jesus promete.
É a paixão do coração de Cristo que se derrama sobre o mundo, vinda da Cruz, e que arde nos corações dos jovens de Sidney, da Austrália e do mundo.
A Cruz branca representa Jesus, a luz do mundo.

Jornada Mundial da Juventude Sydnei - Autrália


JUVENTUDE

Peregrinação através dos oceanos
O azul representa os oceanos que cercam a Austrália, as águas do Batismo, o mar da humanidade e Maria, cheia de graça.

Jornada Mundial da Juventude Sydnei - Autrália

ÓPERA DE SIDNEY

Temos agora a logomarca final, que une os significados mencionados acima com as linhas da Ópera de Sidney, cidade que acolherá a JMJ 2008.
Bem-vindo à Jornada Mundial da Juventude!

AUSTRÁLIA -2008







































Campanha da Fraternidade 2008.



ORAÇÃO DA CF 2008

Ó Deus Pai e Criador, em vós vivemos, nos movemos e somos! Sois presença viva em nossas vidas, pois nos fizestes à vossa imagem e semelhança. Proclamamos as maravilhas de vosso amor presentes na criação e na história. Por vosso Espírito, tudo se renova e ganha vida.
Nosso egoísmo muitas vezes desfigura a obra de vossas mãos, causando morte e destruição. Junto aos avanços, presenciamos tantas ameaças à vida. Que nesta quaresma acolhamos a graça da conversão, tornando-nos mais atentos e fiéis ao Evangelho.
Que o compromisso de nossa fé nos leve a defender e promover a vida no seu início, no seu crescimento e também no seu declínio. Vosso Filho Jesus Cristo, crucificado-ressuscitado, nos confirma que o amor é mais forte que a morte. Como seus discípulos queremos “escolher a vida”.

Maria, mãe da Vida, que protegeu e acompanhou seu Filho, da gestação à ressurreição, interceda por nós, Amém!

Tema, Lema eRegulamentos, Partitura, Cartaz, Oração, Links

Que terremos somos nós?


A palavra que Deus pronuncia, ao longo de toda Bíblia, tem poder em si mesma. Deus fala e acontece. Sua fala e seu agir se confundem, pois ao final são a mesma coisa.

Com a parabola do semeador, Jesus insiste no poder da palavra de Deus, simbolizada pela semente que tem em si o poder de se transformar, brotar, crescer e frutificar.
Na história contada por Jesus, a questão está no terrenos que recebe a semente. O semeador semeia em todo tipo de terreno. deus não exclui ninguém. sua ação se dirigem a todos.
Se todos temos a missão de semear a Palavra em todos os campos, o convite que nos vem hoje é sobre tudo para considerar qual tipo de terreno somos em relação ao poder transformador da palavra.
Terreno bom é aquele que faz a semente frutificar. É a pessoa que ouve a Palavra e a compreende. Compreender a Palavra, no entanto, não significa simplismente entendê-la intelectualmente ou mesmo decorar alguns versículos bíblicos. Palavra viva e eficaz como a de Deus são uma coisa só se compreende com a vivência. Se a ação e a palavra de Deus são uma só coisa, nós a compreendemos à medida que a Palavra que ouvimos se torna ação em nossa vida.
Para produzir frutos, portanto, a Palavra de deus precisa encontrar o bom terreno de quem esta comprometido com o projeto divino de liberdade e vida; o bom terreno de pessoas animadas e esperançosas, que não desistem por qualquer dificuldade; o bom terreno daqueles que alimentam em si o ideal de fazer frutificar para o mundo frutos de justiça e paz.
Sobre tudo para nós, que ouvimos a Palavra, fazemos de nosso vida um terreno especial, se quisermos que ela, presente de Deus, tenha sentido e frutos para o mundo.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Chamados ao Perdão

Não é de estranhar que os judeus do tempo de Jesus não gostassem de pessoas como Mateus, as quais, além de colaborar a dominação do império romano na coleta de impostos, se beneficiavam do cargo para interesses particulares.

São os fariseus que estranhavam, Jesus chamar alguém com fama de pecador para ser seu dicípulo, partilhando a vida com Ele numa refeição.
A resposta aos fariseus pode soar irônica, quando Ele afirma que não veio chamar justos, e sim pecadores. Irônica porque Jesus convida também os fariseus, que se consideravam perfeitos observantes da lei, a estudar melhor da misericórdia de Deus, lição que na escola davida provavelmente não havião estudado. A vocação de cada um de nós sempre parte de Deus, é um dom divino para todos os pecadores, para todod que se reconhecem imperfeitod e limitados. pois o chamado tem a funçao de nós ativar a conciência para a necessidade de aprender do Mestre, já que ser dicípulo é ser aprendiz. Disso decorre que as imperfeições humanas são para Jesus não um impedimento, mas um desafio. Desafio de assumir a missão de Deus nos confia, para nos melhorar-mos como pessoa e melhorar-mos o mundo em que vivemos, segundo os valores ensinados e mostrados pelo Mestre.

Quanto à hipocrisia envolvida no preconceito e na condenação, característica que não é exclusiva dos fariseus de dois mil anos atrás,a palavra de Jesus - que converte um coletor de impostos em seguidor - nos mostra que a atitude fundamental da vida só pode ser o perdão. Jesus não aceita o que pudesse haver de injusto no trabalho dos que colaboravam com a dominação romana, mas recrimina com maior força o julgamento condenatório, que, entre outras coisas, esconde a hipocrisis. consientes de que somos chamados por Jesus, aprendamos dele a atitude da mesericórdia. Ela abre a todos nós, pecadores, todos os caminhos do discipulado.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Primeira Parte A profissão de Fé

PRIMEIRA SECÇÃO «EU CREIO» – «NÓS CREMOS»

CAPÍTULO SEGUNDO

DEUS AO ENCONTRO DO HOMEM

A SAGRADA ESCRITURA

I. Cristo – Palavra única da Escritura santa
101. Na sua bondade condescendente, para Se revelar aos homens. Deus fala-lhes em palavras humanas: «As palavras de Deus, com efeito, expressas por línguas humanas, tornaram-se semelhantes à linguagem humana, tal como outrora o Verbo do eterno Pai se assemelhou aos homens assumindo a carne da debilidade humana» (68).
102. Através de todas as palavras da Sagrada Escritura. Deus não diz mais que uma só Palavra, o seu Verbo único, em quem totalmente Se diz (69):
«Lembrai-vos de que o discurso de Deus que se desenvolve em todas as Escrituras é um só e um só é o Verbo que Se faz ouvir na boca de todos os escritores sagrados, o qual, sendo no princípio Deus junto de Deus, não tem necessidade de sílabas, pois não está sujeito ao tempo» (70).
103. Por esta razão, a Igreja sempre venerou as divinas Escrituras tal como venera o Corpo do Senhor. Nunca cessa de distribuir aos fiéis o Pão da vida, tornado à mesa quer da Palavra de Deus, quer do Corpo de Cristo (71).
104. Na Sagrada Escritura, a Igreja encontra continuamente o seu alimento e a sua força (72), porque nela não recebe apenas uma palavra humana, mas o que ela é na realidade: a Palavra de Deus (73). «Nos livros sagrados, com efeito, o Pai que está nos Céus vem amorosamente ao encontro dos seus filhos, a conversar com eles» (74).

II. Inspiração e verdade da Sagrada Escritura
105. Deus é o autor da Sagrada Escritura. «A verdade divinamente revelada, que os livros da Sagrada Escritura contêm e apresentam, foi registrada neles sob a inspiração do Espírito Santo».
«Com efeito, a santa Mãe Igreja, segundo a fé apostólica, considera como sagrados e canónicos os livros completos do Antigo e do Novo Testamento com todas as suas partes, porque, escritos por inspiração do Espírito Santo, têm Deus por autor, e como tais foram confiados à própria Igreja» (75).
106. Deus inspirou os autores humanos dos livros sagrados. «Para escrever os livros sagrados, Deus escolheu e serviu-se de homens, na posse das suas faculdades e capacidades, para que, agindo Ele neles e por eles, pusessem por escrito, como verdadeiros autores, tudo aquilo e só aquilo que Ele queria» (76).
107. Os livros inspirados ensinam a verdade. «E assim como tudo o que os autores inspirados ou hagiógrafos afirmam, deve ser tido como afirmado pelo Espírito Santo, por isso mesmo se deve acreditar que os livros da Escritura ensinam com certeza, fielmente e sem erro, a verdade que Deus quis que fosse consignada nas sagradas Letras em ordem à nossa salvação» (77).
108. No entanto, a fé cristã não é uma «religião do Livro». O Cristianismo é a religião da «Palavra» de Deus, «não duma palavra escrita e muda, mas do Verbo encarnado e vivo» (78). Para que não sejam letra morta, é preciso que Cristo, Palavra eterna do Deus vivo, pelo Espírito Santo, nos abra o espírito à inteligência das Escrituras (79).

III. O Espírito Santo, intérprete da Escritura
109. Na Sagrada Escritura, Deus fala ao homem à maneira dos homens. Portanto, para bem interpretar a Escritura, é necessário prestar atenção ao que os autores humanos realmente quiseram dizer, e àquilo que aprouve a Deus manifestar-nos pelas palavras deles (80).
110. Para descobrir a intenção dos autores sagrados, é preciso ter em conta as condições do seu tempo e da sua cultura, os «géneros literários» em uso na respectiva época, os modos de sentir, falar e narrar correntes naquele tempo. «Porque a verdade é proposta e expressa de modos diversos, em textos históricos de vária índole, ou proféticos, ou poéticos ou de outros géneros de expressão»(81).
111. Mas, uma vez que a Sagrada Escritura é inspirada, existe outro princípio de interpretação recta, não menos importante que o anterior, e sem o qual a Escritura seria letra morta: «A Sagrada Escritura deve ser lida e interpretada com o mesmo espírito com que foi escrita» (82).
O II Concílio do Vaticano indica três critérios para uma interpretação da Escritura conforme ao Espírito que a inspirou (83):
112. 1. Prestar grande atenção «ao conteúdo e à unidade de toda a Escritura». Com efeito, por muito diferentes que sejam os livros que a compõem, a Escritura é una, em razão da unidade do desígnio de Deus, de que Jesus Cristo é o centro e o coração, aberto desde a sua Páscoa (84).
«Por coração (85) de Cristo entende-se a Sagrada Escritura que nos dá a conhecer o coração de Cristo. Este coração estava fechado antes da Paixão, porque a Escritura estava cheia de obscuridades. Mas a Escritura ficou aberta depois da Paixão e assim, aqueles que desde então a consideram com inteligência, discernem o modo como as profecias devem ser interpretadas» (86).
113. 2. Ler a Escritura na «tradição viva de toda a Igreja». Segundo uma sentença dos Padres, «Sacra Scriptura principalius est in corde Ecclesiae quam in materialibus instrumentis scripta» – «A Sagrada Escritura está escrita no coração da Igreja, mais do que em instrumentos materiais» (87). Com efeito, a Igreja conserva na sua Tradição a memória viva da Palavra de Deus, e é o Espírito Santo que lhe dá a interpretação espiritual da Escritura («... secundum spiritualem sensum quem Spiritus donat Ecclesiae» «segundo o sentido espiritual que o Espírito Santo dá à Igreja») (88).
114. 3. Estar atento «à analogia da fé» (89). Por «analogia da fé» entendemos a coesão das verdades da fé entre si e no projecto total da Revelação.

OS SENTIDOS DA ESCRITURA
115. Segundo uma antiga tradição, podemos distinguir dois sentidos da Escritura: o sentido literal e o sentido espiritual, subdividindo-se este último em sentido alegórico, moral e anagógico. A concordância profunda dos quatro sentidos assegura a sua riqueza à leitura viva da Escritura na Igreja:
116. O sentido literal. É o expresso pelas palavras da Escritura e descoberto pela exegese segundo as regras da recta interpretação. «Omnes sensus (sc. Sacrae Scripturae) fundentur super litteralem» – «Todos os sentidos (da Sagrada Escritura) se fundamentam no literal» (90).
117. O sentido espiritual. Graças à unidade do desígnio de Deus, não só o texto da Escritura, mas também as realidades e acontecimentos de que fala, podem ser sinais.
1. O sentido alegórico. Podemos adquirir uma compreensão mais profunda dos acontecimentos, reconhecendo o seu significado em Cristo: por exemplo, a travessia do Mar Vermelho é um sinal da vitória de Cristo e, assim, do Baptismo (91).
2. O sentido moral. Os acontecimentos referidos na Escritura podem conduzir-nos a um comportamento justo. Foram escritos «para nossa instrução» (1 Cor 10, 11) (92).
3. O sentido anagógico. Podemos ver realidades e acontecimentos no seu significado eterno, o qual nos conduz (em grego: «anagoge») em direcção à nossa Pátria. Assim, a Igreja terrestre é sinal da Jerusalém celeste (93).
118. Um dístico medieval resume a significação dos quatro sentidos:
«Littera gesta docet, quid credas allegoria.Moralis quid agas, quo tendas anagogia».«A letra ensina-te os factos (passados), a alegoria o que deves crer, a moral o que deves fazer, a anagogia para onde deves tender» (94).
119. «Cabe aos exegetas trabalhar, de harmonia com estas regras, por entender e expor mais profundamente o sentido da Sagrada Escritura, para que, mercê deste estudo, de algum modo preparatório, amadureça o juízo da Igreja. Com efeito, tudo quanto diz respeito à interpretação da Escritura, está sujeito ao juízo último da Igreja, que tem o divino mandato e o ministério de guardar e interpretar a Palavra de Deus» (95):
«Ego vero Evangelio non crederem, nisi me catholicae Ecclesiae commoveret auctoritas» – «Quanto a mim, não acreditaria no Evangelho se não me movesse a isso a autoridade da Igreja católica» (96).

IV. O Cânon das Escrituras
120. Foi a Tradição Apostólica que levou a Igreja a discernir quais os escritos que deviam ser contados na lista dos livros sagrados (97). Esta lista integral é chamada «Cânon» das Escrituras. Comporta, para o Antigo Testamento, 46 (45, se se contar Jeremias e as Lamentações como um só) escritos, e, para o Novo, 27 (95):
Para o Antigo Testamento: Génesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronómio, Josué, Juízes, Rute, os dois livros de Samuel, os dois livros dos Reis, os dois livros das Crónicas, Esdras e Neemias, Tobias, Judite, Ester, os dois livros dos Macabeus, Job, os Salmos, os Provérbios, o Eclesiastes (ou Coelet), o Cântico dos Cânticos, a Sabedoria, o livro de Ben-Sirá (ou Eclesiástico), Isaías, Jeremias, as Lamentações, Baruc, Ezequiel, Daniel, Oseias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miqueias, Nahum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias;
Para o Novo Testamento: Os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João; os Actos dos Apóstolos; as epístolas de São Paulo: aos Romanos, primeira e segunda aos Coríntios, aos Gálatas, aos Efésios, aos Filipenses, aos Colossenses, primeira e segunda aos Tessalonicenses, primeira e segunda a Timóteo, a Tito, a Filémon: a Epístola aos Hebreus; a Epístola de Tiago, a primeira e segunda de Pedro, as três epístolas de João, a Epístola de Judas e o Apocalipse.

O ANTIGO TESTAMENTO
121. O Antigo Testamento é uma parte da Sagrada Escritura de que não se pode prescindir. Os seus livros são divinamente inspirados e conservam um valor permanente (99), porque a Antiga Aliança nunca foi revogada.
122. Efectivamente, «a "economia"do Antigo Testamento destinava-se, sobretudo, a preparar [...] o advento de Cristo, redentor universal».
Os livros do Antigo Testamento, «apesar de conterem também coisas imperfeitas e transitórias», dão testemunho de toda a divina pedagogia do amor salvífico de Deus: neles «encontram-se sublimes doutrinas a respeito de Deus, uma sabedoria salutar a respeito da vida humana, bem como admiráveis tesouros de preces»; neles, em suma, está latente o mistério da nossa salvação» (100).
123. Os cristãos veneram o Antigo Testamento como verdadeira Palavra de Deus. A Igreja combateu sempre vigorosamente a ideia de rejeitar o Antigo Testamento, sob o pretexto de que o Novo o teria feito caducar (Marcionismo).

O NOVO TESTAMENTO
124. «A Palavra de Deus, que é força de Deus para salvação de quem acredita, apresenta-se e manifesta o seu poder dum modo eminente nos escritos do Novo Testamento»(101). Estes escritos transmitem-nos a verdade definitiva da Revelação divina. O seu objecto central é Jesus Cristo, o Filho de Deus encarnado, os seus actos, os seus ensinamentos, a sua Paixão e glorificação, bem como os primórdios da sua Igreja sob a acção do Espírito Santo (102).
125. Os evangelhos são o coração de todas as Escrituras, «enquanto são o principal testemunho da vida e da doutrina do Verbo encarnado, nosso Salvador» (103).
126. Na formação dos evangelhos podemos distinguir três etapas:
1. A vida e os ensinamentos de Jesus. A Igreja sustenta firmemente que os quatro evangelhos, «cuja historicidade afirma sem hesitações, transmitem fielmente as coisas que Jesus, Filho de Deus, realmente operou e ensinou para salvação eterna dos homens, durante a sua vida terrena, até ao dia em que subiu ao Céu».
2. A tradição oral. «Na verdade, após a Ascensão do Senhor, os Apóstolos transmitiram aos seus ouvintes (com aquela compreensão mais plena de que gozavam, uma vez instruídos pelos acontecimentos gloriosos de Cristo e iluminados pelo Espírito de verdade) as coisas que Ele tinha dito e feito».
3. Os evangelhos escritos. «Os autores sagrados, porém, escreveram os quatro evangelhos, escolhendo algumas coisas, entre as muitas transmitidas por palavra ou por escrito, sintetizando umas, desenvolvendo outras, segundo o estado das Igrejas, conservando, finalmente, o carácter de pregação, mas sempre de maneira a comunicar-nos coisas verdadeiras e sinceras acerca de Jesus» (104).
127. O Evangelho quadriforme ocupa na Igreja um lugar único, de que são testemunhas a veneração de que a Liturgia o rodeia e o atractivo incomparável que em todos os tempos exerceu sobre os santos:
«Não há doutrina melhor, mais preciosa e esplêndida do que o texto do Evangelho. Vede e retende o que nosso Senhor e Mestre, Cristo, ensinou pelas suas palavras e realizou pelos seus actos» (105).
«É sobretudo o Evangelho que me ocupa durante as minhas orações. Nele encontro tudo o que é necessário à minha pobre alma. Nele descubro sempre novas luzes, sentidos escondidos e misteriosos» (106).

A UNIDADE DO ANTIGO E DO NOVO TESTAMENTO
128. A Igreja, já nos tempos apostólicos (107), e depois constantemente na sua Tradição, pôs em evidência a unidade, do plano divino nos dois Testamentos, graças à tipologia. Esta descobre nas obras de Deus, na Antiga Aliança, prefigurações do que o mesmo Deus realizou na plenitude dos tempos, na pessoa do seu Filho encarnado.
129. Os cristãos lêem, pois, o Antigo Testamento à luz de Cristo morto e ressuscitado. Esta leitura tipológica manifesta o conteúdo inesgotável do Antigo Testamento. Mas não deve fazer-nos esquecer de que ele mantém o seu valor próprio de Revelação, reafirmado pelo próprio Jesus, nosso Senhor (108). Aliás, também o Novo Testamento requer ser lido à luz do Antigo. A catequese cristã primitiva recorreu constantemente a este método (109). Segundo um velho adágio, o Novo Testamento está oculto no Antigo, enquanto o Antigo é desvendado no Novo: « Novum in Vetere latet et in Novo Vetus patet» – «O Novo está oculto no Antigo, e o Antigo está patente no Novo» (110).
130. A tipologia significa o dinamismo em ordem ao cumprimento do plano divino, quando «Deus for tudo em todos» (1 Cor 15, 28). Assim, a vocação dos patriarcas e o êxodo do Egipto, por exemplo, não perdem o seu valor próprio no plano de Deus pelo facto de, ao mesmo tempo, serem etapas intermédias desse mesmo plano.
V. A Sagrada Escritura na vida da Igreja
131. «É tão grande a força e a virtude da Palavra de Deus, que ela se torna para a Igreja apoio e vigor e, para os filhos da Igreja, solidez da fé, alimento da alma, fonte pura e perene de vida espiritual» (111). É necessário que «os fiéis tenham largo acesso à Sagrada Escritura» (112).
132. «O estudo das Páginas sagradas deve ser como que a "alma" da sagrada teologia. Também o ministério da Palavra, isto é, a pregação pastoral, a catequese, e toda a espécie de instrução cristã, na qual a homilia litúrgica deve ter um lugar principal, com proveito se alimenta e santamente se revigora com a palavra da Escritura» (113).
133. A Igreja «exorta com ardor e insistência todos os fiéis [...] a que aprendam "a sublime ciência de Jesus Cristo" (Fl. 3, 8) na leitura frequente da Sagrada Escritura. Porque "a ignorância das Escrituras é ignorância de Cristo"» (114).

Resumindo:
134. Omnis Scriptura divina unus liber est, et ille unus liber Christus est, «quia omnis Scriptura divina de Christo loquitur; et omnis Scriptura divina in Christo impletur» – Toda a Escritura divina é um só livro, e esse livro único é Cristo, «porque toda a Escritura divina fala de Cristo e toda a Escritura divina se cumpre em Cristo» (115).
135. «As Sagradas Escrituras contêm a Palavra de Deus; e, pelo facto de serem inspiradas, são verdadeiramente a Palavra de Deus» (116).
136. Deus é o autor da Sagrada Escritura, ao inspirar os seus autores humanos: age neles e por eles. E assim nos dá a garantia de que os seus escritos ensinam, sem erro, a verdade da salvação (117).
137. A interpretação das Escrituras inspiradas deve, antes de mais nada, estar atenta ao que Deus quer revelar, por meio dos autores sagrados, para nossa salvação. O que vem do Espírito não é plenamente entendido senão pela acção do Espírito (118).
138. A Igreja recebe e venera, como inspirados, os 46 livros do Antigo e os 27 do Novo Testamento.
139. Os quatro evangelhos ocupam um lugar central, dado que Jesus Cristo é o seu centro.
140. A unidade dos dois Testamentos deriva da unidade do plano de Deus e da sua Revelação. O Antigo Testamento prepara o Novo, ao passo que o Novo dá cumprimento ao Antigo. Os dois esclarecem-se mutuamente; ambos são verdadeira Palavra de Deus.
141. «A Igreja sempre venerou as Divinas Escrituras, tal como o próprio Corpo do Senhor» ambos alimentam e regem toda a vida cristã. «A vossa Palavra é farol para os meus passos e luz para os meus caminhos» (Sl 119, 105)(120).

Primeira Parte A Profissão de Fé

PRIMEIRA SECÇÃO «EU CREIO» – «NÓS CREMOS»

CAPÍTULO SEGUNDO

DEUS AO ENCONTRO DO HOMEM

A TRANSMISSÃO DA REVELAÇÃO DIVINA

74. Deus «quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade» (1 Tm 2, 4), quer dizer, de Cristo Jesus (37). Por isso, é preciso que Cristo seja anunciado a todos os povos e a todos os homens, e que, assim a Revelação chegue aos confins do mundo:
Deus dispôs amorosamente que permanecesse íntegro e fosse transmitido a todas as gerações tudo quanto tinha revelado para salvação de todos os povos (38).

I. A Tradição apostólica
75. «Cristo Senhor, em quem toda a revelação do Deus altíssimo se consuma, tendo cumprido e promulgado pessoalmente o Evangelho antes prometido pelos profetas, mandou aos Apóstolos que o pregassem a todos, como fonte de toda a verdade salutar e de toda a disciplina de costumes, comunicando-lhes assim os dons divinos» (39).

A PREGAÇÃO APOSTÓLICA ...
76. A transmissão do Evangelho, segundo a ordem do Senhor, fez-se de duas maneiras:
– oralmente, «pelos Apóstolos, que, na sua pregação oral, exemplos e instituições, transmitiram aquilo que tinham recebido dos lábios, trato e obras de Cristo, e o que tinham aprendido por inspiração do Espírito Santo»;
– por escrito, «por aqueles apóstolos e varões apostólicos que, sob a inspiração do mesmo Espírito Santo, escreveram a mensagem da salvação» (40).
... CONTINUADA NA SUCESSÃO APOSTÓLICA
77. «Para que o Evangelho fosse perenemente conservado íntegro e vivo na Igreja, os Apóstolos deixaram os bispos como seus sucessores, "entregando-lhes o seu próprio ofício de magistério"» (41). Com efeito, «a pregação apostólica, que se exprime de modo especial nos livros inspirados, devia conservar-se, por uma sucessão ininterrupta, até à consumação dos tempos» (42).
78. Esta transmissão viva, realizada no Espírito Santo, denomina-se Tradição, enquanto distinta da Sagrada Escritura, embora estreitamente a ela ligada. Pela Tradição, «a Igreja, na sua doutrina, vida e culto, perpetua e transmite a todas as gerações tudo aquilo que ela é e tudo em que acredita» (43). «Afirmações dos santos Padres testemunham a presença vivificadora desta Tradição, cujas riquezas entram na prática e na vida da Igreja crente e orante» (44).
79. Assim, a comunicação que o Pai fez de Si próprio, pelo seu Verbo, no Espírito Santo, continua presente e activa na Igreja: «Deus, que outrora falou, dialoga sem interrupção com a esposa do seu amado Filho; e o Espírito Santo – por quem ressoa a voz do Evangelho na Igreja, e, pela Igreja, no mundo – introduz os crentes na verdade plena e faz com que a palavra de Cristo neles habite em toda a sua riqueza» (45).

II. A relação entre a Tradição e a Sagrada Escritura

UMA FONTE COMUM...
80. «A Tradição sagrada e a Sagrada Escritura estão intimamente unidas e compenetradas entre si. Com efeito, derivando ambas da mesma fonte divina, fazem como que uma coisa só e tendem ao mesmo fim» 16. Uma e outra tornam presente e fecundo na Igreja o mistério de Cristo, que prometeu estar com os seus, «sempre, até ao fim do mundo» (Mt 28, 20).
... DUAS FORMAS DE TRANSMISSÃO DISTINTAS
81. «A Sagrada Escritura é a Palavra de Deus enquanto foi escrita por inspiração do Espírito divino».
«A sagrada Tradição, por sua vez, conserva a Palavra de Deus, confiada por Cristo Senhor e pelo Espírito Santo aos Apóstolos, e transmite-a integralmente aos seus sucessores, para que eles, com a luz do Espírito da verdade, fielmente a conservem, exponham e difundam na sua pregação» (47).
82. Daí resulta que a Igreja, a quem está confiada a transmissão e interpretação da Revelação, «não tira só da Sagrada Escritura a sua certeza a respeito de todas as coisas reveladas. Por isso, ambas devem ser recebidas e veneradas com igual espírito de piedade e reverência» (48).

TRADIÇÃO APOSTÓLICA E TRADIÇÕES ECLESIAIS
83. A Tradição de que falamos aqui é a que vem dos Apóstolos. Ela transmite o que estes receberam do ensino e do exemplo de Jesus e aprenderam pelo Espírito Santo. De facto, a primeira geração de cristãos não tinha ainda um Novo Testamento escrito, e o próprio Novo Testamento testemunha o processo da Tradição viva.
É preciso distinguir, desta Tradição, as «tradições» teológicas, disciplinares, litúrgicas ou devocionais, nascidas no decorrer do tempo nas Igrejas locais. Elas constituem formas particulares, sob as quais a grande Tradição recebe expressões adaptadas aos diversos lugares e às diferentes épocas. É à sua luz que estas podem ser mantidas, modificadas e até abandonadas, sob a direcção do Magistério da Igreja.

III. A interpretação da herança da fé

A HERANÇA DA FÉ CONFIADA À TOTALIDADE DA IGREJA
84. O depósito da fé (49) («depositum fidei»), contido na Tradição sagrada e na Sagrada Escritura, foi confiado pelos Apóstolos ao conjunto da Igreja. «Apoiando-se nele, todo o povo santo persevera unido aos seus pastores na doutrina dos Apóstolos e na comunhão, na fracção do pão e na oração, de tal modo que, na conservação, actuação e profissão da fé transmitida, haja uma especial concordância dos pastores e dos fiéis» (50).

O MAGISTÉRIO DA IGREJA
85. «O encargo de interpretar autenticamente a Palavra de Deus, escrita ou contida na Tradição, foi confiado só ao Magistério vivo da Igreja, cuja autoridade é exercida em nome de Jesus Cristo (51), isto é, aos bispos em comunhão com o sucessor de Pedro, o bispo de Roma.
86. «Todavia, este Magistério não está acima da Palavra de Deus, mas sim ao seu serviço, ensinando apenas o que foi transmitido, enquanto, por mandato divino e com a assistência do Espírito Santo, a ouve piamente, a guarda religiosamente e a expõe fielmente, haurindo deste depósito único da fé tudo quanto propõe à fé como divinamente revelado» (52).
87. Os fiéis, lembrando-se da palavra de Cristo aos Apóstolos: «Quem vos escuta escuta-me a Mim» (Lc 10, 16) (53), recebem com docilidade os ensinamentos e as directrizes que os seus pastores lhes dão, sob diferentes formas.

OS DOGMAS DA FÉ
88. O Magistério da Igreja faz pleno uso da autoridade que recebeu de Cristo quando define dogmas, isto é, quando propõe, dum modo que obriga o povo cristão a uma adesão irrevogável de fé, verdades contidas na Revelação divina ou quando propõe, de modo definitivo, verdades que tenham com elas um nexo necessário.
89. Existe uma ligação orgânica entre a nossa vida espiritual e os dogmas. Os dogmas são luzes no caminho da nossa fé: iluminam-no e tornam-no seguro. Por outro lado, se a nossa vida for recta, a nossa inteligência e nosso coração estarão abertos para acolher a luz dos dogmas da fé (54).
90. A interligação e a coerência dos dogmas podem encontrar-se no conjunto da revelação do mistério de Cristo (55). Convém lembrar que «existe uma ordem ou "hierarquia" das verdades da doutrina católica, já que o nexo delas com o fundamento da fé cristã é diferente» (56).

O SENTIDO SOBRENATURAL DA FÉ
91. Todos os fiéis participam na compreensão e na transmissão da verdade revelada. Todos receberam a unção do Espírito Santo que os instrui (57) e os conduz «à verdade total» (Jo 16, 13).
92. «A totalidade dos fiéis [...] não pode enganar-se na fé e manifesta esta sua propriedade peculiar por meio do sentir sobrenatural da fé do povo todo, quando, "desde os bispos até ao último dos fiéis leigos", exprime consenso universal em matéria de fé e costumes» (58).
93. «Com este sentido da fé, que se desperta e sustenta pela acção do Espírito de verdade, o povo de Deus, sob a direcção do sagrado Magistério [...] adere indefectivelmente à fé, uma vez por todas confiada aos santos; penetra-a mais profundamente com juízo acertado e aplica-a mais totalmente na vida» (59).

O CRESCIMENTO NA INTELIGÊNCIA DA FÉ
94. Graças à assistência do Espírito Santo, a inteligência das realidades e das palavras do depósito da fé pode crescer na vida da Igreja:
– «Pela contemplação e pelo estudo dos crentes, que as meditam no seu coração» (60); e particularmente pela «investigação teológica, que aprofunda o conhecimento da verdade revelada» (61).
– «Pela inteligência interior das coisas espirituais que os crentes experimentam» (62); «Divina eloquia cum legente crescunt» – «As palavras divinas crescem com quem as lê» (63).
– «Pela pregação daqueles que receberam, com a sucessão episcopal, um carisma certo da verdade» (64).
95. «É claro, portanto, que a sagrada Tradição, a Sagrada Escritura e o Magistério da Igreja, segundo um sapientíssimo desígnio de Deus, estão de tal maneira ligados e conjuntos, que nenhum pode subsistir sem os outros e, todos juntos, cada um a seu modo, sob a acção do mesmo Espírito Santo, contribuem eficazmente para a salvação das almas» (65).

Resumindo:
96. O que Cristo confiou aos Apóstolos, estes o transmitiram, pela sua pregação e por escrito, sob a inspiração do Espírito Santo, a todas as gerações, até à vinda gloriosa de Cristo.
97. «A sagrada Tradição e a Sagrada Escritura constituem um único depósito sagrado da Palavra de Deus» (66), no qual, como num espelho, a Igreja peregrina contempla Deus, fonte de todas as suas riquezas.
98. «Na sua doutrina, vida e culto, a Igreja perpetua e transmite a todas as gerações tudo aquilo que ela é, tudo aquilo em que acredita» (67).
99. Graças ao sentido sobrenatural da fé, o povo de Deus, no seu todo, não cessa de acolher o dom da Revelação divina, de nele penetrar mais profundamente e de viver dele mais plenamente.
100. O encargo de interpretar autenticamente a Palavra de Deus foi confiado unicamente ao Magistério da Igreja, ao Papa e aos bispos em comunhão com ele.

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